Amor Patológico: Quando o amor vira doença?
Na verdade, pode vir a ser a fonte de desprazer e trazer consigo muito mais angústias e temores.
Vale ressaltar, o amor patológico é voltado para o relacionamento amoroso onde o indivíduo pode ter estabelecido, sob a perspectiva da psicologia, um vínculo patológico com o parceiro.
O que é Amor Patológico?
O amor patológico é o comportamento excessivo de prestar cuidados e atenção ao parceiro, de modo que o indivíduo abandona atividades e interesses anteriormente valorizados.
O indivíduo passa a viver exclusivamente para o objeto de afeto, tendo condutas/comportamentos sufocantes com a esperança de receber de volta todo o carinho e atenção doados. Portanto, ao perceberem que dão mais do que recebem, ficam tristes e sofrem. Este tipo de comportamento, quando intenso e feito de forma repetida e com pouco ou nenhum controle, acarreta prejuízos na vida pessoal, profissional, social e o convívio com familiares.
O amor patológico pode ocorrer sozinho, “puro”, ou juntamente com quadros depressivos, ansiosos e de personalidade dependente.
Existem alguns sintomas e critérios diagnósticos que ajudam na identificação do transtorno, quais sejam:
- abstinência: sinais e sintomas que a pessoa sente quando está longe emocional e fisicamente do parceiro ou ainda corre risco de abandono. Tais como taquicardia, tensão muscular, insônia, sudorese etc;
- sensação de que está cuidando do parceiro em quantidade e intensidade maior do que inicialmente pretendia;
- fracasso nas tentativas de reduzir ou parar prestar a atenção ao parceiro;
- ciume excessivo, a ponto de despender um grande gasto de energia, empenho pessoal e tempo, focando no controle das atividades do parceiro;
- abandono de objetivos, atividades, realizações pessoais e interesses, vivendo em função da vida do parceiro;
- dado todo o prejuízo na qualidade de vida decorrentes deste comportamento, o indivíduo não consegue mudar sua conduta.
Como Tratar Amor Patológico
A psicoterapia é indicada para o desenvolvimento de habilidades mais saudáveis na maneira de amar, assim como são trabalhados os sentimentos de raiva e tristeza, entre outros que possam coexistir.
Tanto a terapia individual quanto a terapia de casal são indicados. Lembrando que quem está envolvido num relacionamento não-saudável também precisa de ajuda.
*Lembrando que o fechamento do diagnóstico deve ser feito somente por um profissional habilitado.
Autora: Andrea Lorena (Psicóloga CRP 06/79450)



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