Por Lorena Bandeira
Nos tempos hipermodernos, o homem busca
algo incessantemente, quase como se isso fosse sua razão de viver a ser
alcançado até o fim da vida: a felicidade. Esse se tornou o valor fundamental
da vida dos seres humanos, ser feliz.
A sobre-exposição da felicidade é cada
vez mais evidenciada nas relações sociais... como se ser feliz não fosse a
consequência de algo, mas, sim, a causa: “Isso
só dá certo na vida de fulano porque ele é feliz” ao contrário de “Aquilo deu certo na vida de fulano,
portanto, ele está feliz”.
Ser feliz então seria o segredo para
alcançar as coisas que desejamos, como se O divino fosse nos observar e dizer:
“Fulano é feliz, darei tudo o que ele
deseja”. Não funciona bem assim, pensar positivamente é totalmente
diferente de demonstrar “falsamente” a felicidade.
Na verdade, em termos sociais a
felicidade funciona mais como um sinal de ascensão. Quanto mais feliz alguém
for, significa que mais bem-sucedido (seja no campo pessoal, profissional) ele
é. E como vivemos numa sociedade propriamente competitiva, passamos a medir até
o grau de nossa felicidade. Quanto mais felizes demonstrarmos ser, significa
que mais feliz somos. Será?
Até que ponto essa sobre-exposição de
felicidade serve para incitar as noções de inferioridade e superioridade nas
relações sociais ou evidenciando o próprio vazio existencial de quem se
demonstra uma felicidade quase que patológica?
E afinal de contas, o que é felicidade?




O mais grave é que hoje se vende a felicidade.Ela está nas coisas inanimadas o que faz dos objetos fetiches. E quanto mais caro maior a felicidade.O pior ainda é que tudo isso acontece e parece tudo muito natural incapaz de ser refletido ou questionado.Penso que a felicidade virou mercadoria e leva a um status social.Por fim podemos pensar como a industria cultural cria e desenvolve valores de forma muito eficaz.
ResponderExcluir