Por Dann Toledo
Ah, o prazer!
O prazer que nos move, nos intriga, nos aprisiona e nos fascina.
Freud afirmou que o ser humano vive em
busca dele para consequentemente evitar a dor.
Sendo assim, temos o prazer como um
antagonista da dor.
Então, onde o encontramos?
O prazer pode ser encontrado de diversas
maneiras: Numa viagem, numa lambidinha na cobertura de um bolo, numa comida, num
passeio no parque e claro no sexo.
Bauman corrobora com o pensamento de Sig¹ ao dizer que buscamos a felicidade
e fugimos da infelicidade.
Tudo que nos dá prazer nos dá vida. O
prazer vicia, ele nos faz querer mais que uma lambidinha no bolo, nos faz querer
mergulhar e comer o glacê inteiro.
Só
mais uma lambidinha?
Então, o que seria o prazer se não a
felicidade?
Por isso o sexo é uma fonte inesgotável
de felicidade e vida.
Durante o sexo, milhões de fogos de
artifícios estouram dentro de nossos cérebros. Um orgasmo é mais intenso que a
queima de fogos no réveillon de Copacabana. Sinapses, conexões e hormônios se movem
no ritmo dos nossos quadris.
Além do mais, o prazer sexual evita que doenças psíquicas ocorram². A ausência
dele segundo Magdalena Salamanca³ faz com que as doenças e transtornos mentais
sejam mais recorrentes.
Por séculos fomos proibidos de senti-lo.
Fomos proibidos de viver, de gozar, de sentir a vida fluindo em nós.
Fomos proibidos em virtude de uma moral
monoteísta judaico cristã de ao menos conhecer o prazer.
A
mulher não podia gozar.
O
casamento era só pra procriação.
A
masturbação é pecado mortal
Porém, com o advento do pensamento,
começamos a pensar o prazer. Começamos
a buscá-lo e a vê-lo como essencial para nossa vida.
Freud então vem nos falar sobre o mal-estar
na cultura onde o princípio do prazer se choca com o princípio da realidade.
Algo que em toda nossa busca pelos frutos dos nossos neurotransmissores irá
sempre acontecer.
Então, mergulhemos no prazer, nos lambuzemos
em orgasmos únicos, duplos, triplos, múltiplos. Deixemos-nos ser aprisionados
pelo prazer, pois não há nada melhor do que ser preso pela fonte de vida.
Permitamos-nos
gozar. Gozemo-nos.
Pois o prazer nos move, nos intriga,
aprisiona, fascina e também não nos deixa adoecer, nos cura e nos faz viver.
Foi um prazer falar com vocês.
¹ Sigmund Freud
³ Psicanalista especialista em sexo.




Adorei.
ResponderExcluirO prazer foi todo meu.