Quase todos nós já ouvimos falar do efeito placebo, nos
documentários, nos telejornais, em hospitais ou centros de saúde. Mas o
que é o efeito placebo? Qual é o seu poder? E de onde vem esse poder?
São questões que irei tentar responder neste artigo.
Placebo é chamado a uma substância inerte ou procedimento falso, que
apresenta efeitos terapêuticos unicamente devido à crença e expectativa
do doente que está a ser tratado. Entre essas substâncias podemos
encontrar a farinha, açúcar ou soro fisiológico. Isto é, na prática, o
terapeuta administra ao paciente um comprimido de farinha, mas
dizendo-lhe que é um analgésico, surpreendentemente as dores diminuem.
Como é possível?
Chama-se a essa “melhoria” descrita pelo paciente, quando
administrado um placebo, o efeito placebo. O Efeito Placebo é semelhante
ao Efeito Pigmalião,
porém ao nível dos medicamentos e terapias. O Efeito Placebo deve-se
exclusivamente a um truque mental, proporcionado pelas crenças e as
expectativas do sujeito face a determinado efeito terapêutico do suposto
medicamento ou terapia. Logo variáveis como a credibilidade, reputação,
confiança, do terapeuta irá aumentar o efeito, como também a inocência,
desconhecimento e suscetibilidade do “paciente” também o irá
intensificar. Assim pessoas mais inteligentes e conhecedoras dos
procedimentos médicos serão menos suscetíveis a esses efeitos.
ACREDITAR QUE ACONTECE, FAZ (SENTIR) QUE AS COISAS REALMENTE ACONTECEM.
Estudos sobre placebos, chegam a conclusões surpreendentes e curiosas.
O mesmo placebo pode ter a metade do efeito analgésico da aspirina e
noutros pacientes pode ter a metade do efeito analgésico da morfina,
sendo que a morfina é muito mais poderoso, torna-se curioso. Um mesmo
placebo pode reduzir ou aumentar a dor.
Quando se fala em Placebo, referi-mo-nos não apenas a comprimidos,
mas também a cremes, injeções, cirurgias, bebidas e até mesmo botões.
Mas vamos então a uma compilação de conclusões de estudos:
- Quanto maior for o comprimido, maior é o efeito.
- Tomar 2 comprimidos o efeito é maior, do que tomar apenas um.
- A cápsula tem efeito maior que o comprimido.
- Injeções têm efeito maior que a cápsula.
- Intervir com uma máquina científica (falsa), tem maior efeito que as injeções.
- Um comprimido com “marca” tem maior efeito que um sem marca.
- Quanto mais caro o comprimido for, maior é o efeito.
- Quanto mais “bonita” a caixa (dos comprimidos falsos) maior é o efeito.
- Comprimidos azuis funcionam melhor como calmantes.
- Comprimidos vermelhos funcionam melhor como estimulantes.
- Estudos indicam também que as pessoas que tomam medicamentos, estão menos propensas a morrer que as que não tomam, mesmo que os medicamentos tomados sejam placebos.
- Estudos também indicam que placebos, podem originar dependência (quando os pacientes são convencidos disso), originando inclusive sintomas de abstinência.
Acredita-se que qualquer medicamente verdadeiro, uma parte do seu
efeito, deve-se ao efeito placebo.
Acredita-se também que muita
homeopatia e “curas” caseiras se devem exclusivamente ao efeito placebo.
Afinal de contas o maior “remédio” está no nosso cérebro.
E você, já conhecia o efeito placebo? Quantas vezes sentado à
mesa com crianças, elas “inventam” mil e uma dores para não comer, você
pega em água, esfrega no sítio e passa rapidamente a dor?
Fonte: Psicologia Free



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